Histórias de fracassos, amores fracassados, longos casos que chegam ao fim antes de serem iniciados, a vida. Vidas em constantes obras, fins e recomeços, avanços e regressões, um empreendimento arquitetônico fantástico de difícil finalização. Uma obra demorada, complicada, e ao mesmo tempo rápida e ágil tingindo nossos cabelos, enrugando nossas peles, encurvando nossos corpos.
Alguns sobem no andaime e observam do alto o construir das paredes, outros participam da obra, alguns só fazem projetos, e por fim, existem os que tudo ignoram.
As obras assim evoluem, construções isoladas, casas geminadas, prédios e mais prédios, todos feitos de vidas. Vidas em obras, amores em obras, vidas de vitrines impessoais... feitas pelo tempo e pela rotina.
Enfim as obras da vida, as vidas em obras. As diversas construções, diversas pessoas, cada uma a sua historia, parecida com milhares e diferente de todas. Vidas que se estruturam em verdades mentirosas e mentiras mais verdadeiras que a própria realidade.
Lagrimas sorridentes, sorrisos em prantos, alternância inconstância, e o objetivo das obras das vidas se perde entre tudo e nada. Viver é construir, ou não.
Criado à partir do ócio, de um impulso mais egoísta do que qualquer outra coisa, esse humilde blog não tem outra função além de expor meus devaneios e opiniões sobre TUDO. Não possuo pretensões com a realidade. Então, o princípio é: Vamos colocar a boca no trombone (com o perdão dos lugares comuns) e vamos nos divertir!
sábado, 22 de maio de 2010
Crônica do Renan
Beirei o desespero quando soube que teria que fazer uma CRÔNICA. Não sabia nem o que essa palavra significava, passei vinte segundos totalmente perdido, sem saber o que fazer. Eu já havia “defenestrado” algumas vezes e até acompanhava o ritmo das prosas quando alguém falava alguma palavra difícil. Isso não fazia a menor diferença, eu me perdia em todas as aulas de português... todos aqueles sujeitos, verbos, contos e a CRÔNICA.
De repente uma luz! Lembrei de uma prima que faz letras, ela me disse o que era CRÔNICA. Eram mil palavras, só me lembro que tinha a ver com “alguma coisa de tempo”.
E tempo era o que eu não tinha mais, essa tal de CRÔNICA já teria que estar pronta. Quando me vi a ponto de descontrolar, e a folha em branco a me olhar, comecei a escrever sobre a minha situação. Ao fim eu havia preenchido uma página.
Já cansado, sem ter mais o que fazer, liguei para a minha prima e li tudo que eu havia escrito, antes mesmo dela me perguntar nada, antes até de dizer “oi!”. Quando terminei, ela me disse “Até que ficou boa a sua CRÔNICA!”.
E eu, até hoje, continuo sem saber o que quer dizer a palavra CRÔNICA, porque depois que eu desliguei o telefone, nem li novamente o que eu tinha escrito. Anexei ao trabalho que eu precisava entregar e não pensei mais nesse assunto CRÔNICAL.
De repente uma luz! Lembrei de uma prima que faz letras, ela me disse o que era CRÔNICA. Eram mil palavras, só me lembro que tinha a ver com “alguma coisa de tempo”.
E tempo era o que eu não tinha mais, essa tal de CRÔNICA já teria que estar pronta. Quando me vi a ponto de descontrolar, e a folha em branco a me olhar, comecei a escrever sobre a minha situação. Ao fim eu havia preenchido uma página.
Já cansado, sem ter mais o que fazer, liguei para a minha prima e li tudo que eu havia escrito, antes mesmo dela me perguntar nada, antes até de dizer “oi!”. Quando terminei, ela me disse “Até que ficou boa a sua CRÔNICA!”.
E eu, até hoje, continuo sem saber o que quer dizer a palavra CRÔNICA, porque depois que eu desliguei o telefone, nem li novamente o que eu tinha escrito. Anexei ao trabalho que eu precisava entregar e não pensei mais nesse assunto CRÔNICAL.
Chuvinha de nada, mas me deixou resfriada
Ainda me sobra tempo de olhar por cima dos óculos pro nada e me fingir ser ninguém. Ser alguém. Ser uma pessoa, outra e a mesma. Dias de solidão, vontade de correr por aí! De ir por aí, como qualquer personagem de um conto da atualidade, seja com as nuances seja com a falta de individualidade só pra se misturar à solidão em conjunto.
Era tudo diferente. Era bom? As vezes essa pergunta é complicada, nunca parei para pensar como seria se nunca tivesse acontecido, mas não me falta vontade de enterrar tudo.
Talvez não saiba se, de fato, é decepção ou qualquer outra coisa, dessas que a gente para e sente e não acha alguém pra culpar. E se..
E se eu tivesse chorado mais de dois dias? Não é vazio, pois não preenchia espaço, deixava vazio. Esvaziava meus olhos que tantas vezes se derramaram sobre fatos evitáveis. Foi uma chuvinha, essas iguais aos chuviscos.
Era tudo diferente. Era bom? As vezes essa pergunta é complicada, nunca parei para pensar como seria se nunca tivesse acontecido, mas não me falta vontade de enterrar tudo.
Talvez não saiba se, de fato, é decepção ou qualquer outra coisa, dessas que a gente para e sente e não acha alguém pra culpar. E se..
E se eu tivesse chorado mais de dois dias? Não é vazio, pois não preenchia espaço, deixava vazio. Esvaziava meus olhos que tantas vezes se derramaram sobre fatos evitáveis. Foi uma chuvinha, essas iguais aos chuviscos.
Morte e amor
Há uns dias eu estava lendo “Quando o amor morre” do Nelson, me deu uma vontade de escrever sobre como eu concordo com ele. O amor, quando morre não tem mesmo doçura nenhuma, só resta uma pontadazinha de mágoa. Recentemente eu comemorei meu aniversário, quantos anos eu fiz já é dar informações demais, e parece que nessas datas a gente fica mais sensível. Me lembrei do amor que recentemente morreu, ou nunca nasceu... logo quando acordei, e era como se o dia já, de cara, tivesse ficado pesadíssimo. Cheguei na faculdade, e aos primeiros abraços de uns colegas me derramei em lágrimas. Não sei bem se eu estava emocionada desses amores não terem morrido, ou se eu tivesse ainda com pesar ‘daquele’ amor já ter sido enterrado. Eu limpei os olhos e continuei, quando cheguei à minha aula de francês, é amigos... eu estudo francês nas horas vagas, um dos meus colegas me esperava com uma flor, uma violeta. Há muito tempo eu não via uma atitude tão atenciosa, e eu não esperava, e , novamente, me derramei em litros de lágrimas e mais lágrimas.
Mas eu estava falando mesmo era do amor que morre, pois bem, eu tenho uma teoria: Amor não morre, e sim nós morremos. Cada vez que amamos somos uma pessoa diferente, e ao fim do amor, (ressalto: fim não é morte!) nós é que morremos, o grande problema disso tudo é que demoramos semanas ou meses para morrermos, e só depois disso nascemos de novo. Eu acredito que ainda estou bem mortinha, caidinha coitada de mim. ; p. Contudo sinto que devo explicar por que concordo com o Nelson, ele diz
“Eis a verdade: o amor que morre não deixa nenhuma nostalgia, e eu diria mesmo, não deixa nada. Ou por outra: deixa o tédio. O que nos fica dos amores possuídos e passados é simplesmente o tédio, talvez o ressentimento, talvez o ódio.”
Ele conseguiu adentrar a minha alma (só para ser profunda! :p).
O que eu não consigo entender é o porquê de eu ter citado o fato do meu aniversário... Bem, deve ser para me promover, sei lá, conquistar alguma importância pessoal (ou só para encher lingüiça), mas a verdade é que eu refleti sobre a morte do amor no dia 18, talvez porque eu estava mais sensível mesmo. E o que aconteceu depois de tudo foi um início de dia 19 bem choroso...
Mas eu estava falando mesmo era do amor que morre, pois bem, eu tenho uma teoria: Amor não morre, e sim nós morremos. Cada vez que amamos somos uma pessoa diferente, e ao fim do amor, (ressalto: fim não é morte!) nós é que morremos, o grande problema disso tudo é que demoramos semanas ou meses para morrermos, e só depois disso nascemos de novo. Eu acredito que ainda estou bem mortinha, caidinha coitada de mim. ; p. Contudo sinto que devo explicar por que concordo com o Nelson, ele diz
“Eis a verdade: o amor que morre não deixa nenhuma nostalgia, e eu diria mesmo, não deixa nada. Ou por outra: deixa o tédio. O que nos fica dos amores possuídos e passados é simplesmente o tédio, talvez o ressentimento, talvez o ódio.”
Ele conseguiu adentrar a minha alma (só para ser profunda! :p).
O que eu não consigo entender é o porquê de eu ter citado o fato do meu aniversário... Bem, deve ser para me promover, sei lá, conquistar alguma importância pessoal (ou só para encher lingüiça), mas a verdade é que eu refleti sobre a morte do amor no dia 18, talvez porque eu estava mais sensível mesmo. E o que aconteceu depois de tudo foi um início de dia 19 bem choroso...
sábado, 15 de maio de 2010
Lacunas
Se eu fosse listar tudo que ...
Seria bem capaz de eu me ver na...
Porque você sempre foi tão...
que eu nunca...
E, além de tudo, sempre me dizia que...
e eu quase que acreditava nas...
Foram aquelas horas...
E eu me...
Demorou muito.
Porque quando tive coragem já era tudo...
E, assim fica tão...
Que hoje...
Seria bem capaz de eu me ver na...
Porque você sempre foi tão...
que eu nunca...
E, além de tudo, sempre me dizia que...
e eu quase que acreditava nas...
Foram aquelas horas...
E eu me...
Demorou muito.
Porque quando tive coragem já era tudo...
E, assim fica tão...
Que hoje...
Assinar:
Comentários (Atom)