Conversa Fiada
Criado à partir do ócio, de um impulso mais egoísta do que qualquer outra coisa, esse humilde blog não tem outra função além de expor meus devaneios e opiniões sobre TUDO. Não possuo pretensões com a realidade. Então, o princípio é: Vamos colocar a boca no trombone (com o perdão dos lugares comuns) e vamos nos divertir!
segunda-feira, 10 de janeiro de 2011
Que a saudade é o pior tormento, pior que o esquecimento
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
Intervalo
quarta-feira, 4 de agosto de 2010
Viver ainda é construir
O problema maior não é não saber onde estamos, porque essa vida é mesmo uma mistura, um emaranhado de caminhos. O que incomoda mais é olhar no espelho e ter que procurar nossos verdadeiros rostos por detrás do cabelo, que já não é o mesmo, do sorriso, que também mudou, da espessura do rosto, que também costuma variar com o tempo, e ainda assim, quando nos vemos, não termos a capacidade de nos reconhecermos. Mesmo que se tenha passado uma semana da ultima visita a nós mesmos, quando nos procuramos fronte ao vidro que reflete... nos estranhamos.
Talvez o erro resida no fato de procurarmos quem gostaríamos de ser, ou quem já fomos. Hoje mesmo, queria encontrar a menina de dezessete anos que acreditava nas pessoas e ouvia os “Ramones”, ela pensava que eu iria ser professora, ou alguém que mudaria o mundo, ela tinha o cabelo diferente. Os “Ramones” eu ainda escuto, quanto a ser professora, já não sei mais, e o cabelo fez de mim outra pessoa.
Não sei mesmo onde estou, não faço a menor idéia de quem eu sou e acho que já não acredito mais
Não consigo contar o que larguei pelo caminho, talvez alguns quilos, um grande herói, alguns amores e um pouco de idealismo. O fato é que eu não me reconheço.
Uma vez, quando eu ainda tinha os dezessete anos, eu disse que viver era construir, e esse é um dos poucos pontos que eu ainda não me cansei de frisar, e o único momento no qual eu me vejo eu mesma, sem variar.
terça-feira, 29 de junho de 2010
Lança bombom
Como se eu não tivesse trabalhos para fazer, eu estava me distraindo no Orkut, passatempo fantástico. Lá a gente fica sabendo das ultimas fofocas, sem contar que expomos as nossas vidas na vitrine. Bem, no meu caso tem cerca de 60% de mise en scene, até porque eu não contaria para todo mundo tudo o que me acontece.
Eu estava me divertindo com as atualizações alheias e me deparei com uma comunidade sobre cantadas. Eu amo saber dessas cantadas, me lembro da última que recebi, que só surtiu o efeito positivo porque o contexto teve uma boa parcela de culpa. A foto da comunidade era do “Zé Bonitinho” , o que me fez pensar “ Oba!! É brega!!”. Quando fui lendo os primeiros, a começar pela clássica “ovo da minha marmita”, quase chorei de alegria.
Depois de ler algumas (eram muitas) eu li a seguinte frase: Nossa, você é tão linda que não caga, lança bombom!, nessa hora só faltou caírem confetes do céu! Eu juro que não conhecia essa cantada, e ela me fez refletir. Até onde vai a criatividade das pessoas? Até onde o grotesco influi nas nossas vidas? Quem pensaria em alguém lançando bombons pelo orifício traseiro?
Confesso que eu estou bem horrorizada, perguntei a uma amiga e ela me disse que ouviu muito no carnaval. Continuo horrorizada.
Lançar bombons por aquele buraco... acho que eu vou detestar bombons por um bom tempo.
sábado, 22 de maio de 2010
Obras
Alguns sobem no andaime e observam do alto o construir das paredes, outros participam da obra, alguns só fazem projetos, e por fim, existem os que tudo ignoram.
As obras assim evoluem, construções isoladas, casas geminadas, prédios e mais prédios, todos feitos de vidas. Vidas em obras, amores em obras, vidas de vitrines impessoais... feitas pelo tempo e pela rotina.
Enfim as obras da vida, as vidas em obras. As diversas construções, diversas pessoas, cada uma a sua historia, parecida com milhares e diferente de todas. Vidas que se estruturam em verdades mentirosas e mentiras mais verdadeiras que a própria realidade.
Lagrimas sorridentes, sorrisos em prantos, alternância inconstância, e o objetivo das obras das vidas se perde entre tudo e nada. Viver é construir, ou não.
Crônica do Renan
De repente uma luz! Lembrei de uma prima que faz letras, ela me disse o que era CRÔNICA. Eram mil palavras, só me lembro que tinha a ver com “alguma coisa de tempo”.
E tempo era o que eu não tinha mais, essa tal de CRÔNICA já teria que estar pronta. Quando me vi a ponto de descontrolar, e a folha em branco a me olhar, comecei a escrever sobre a minha situação. Ao fim eu havia preenchido uma página.
Já cansado, sem ter mais o que fazer, liguei para a minha prima e li tudo que eu havia escrito, antes mesmo dela me perguntar nada, antes até de dizer “oi!”. Quando terminei, ela me disse “Até que ficou boa a sua CRÔNICA!”.
E eu, até hoje, continuo sem saber o que quer dizer a palavra CRÔNICA, porque depois que eu desliguei o telefone, nem li novamente o que eu tinha escrito. Anexei ao trabalho que eu precisava entregar e não pensei mais nesse assunto CRÔNICAL.
Chuvinha de nada, mas me deixou resfriada
Era tudo diferente. Era bom? As vezes essa pergunta é complicada, nunca parei para pensar como seria se nunca tivesse acontecido, mas não me falta vontade de enterrar tudo.
Talvez não saiba se, de fato, é decepção ou qualquer outra coisa, dessas que a gente para e sente e não acha alguém pra culpar. E se..
E se eu tivesse chorado mais de dois dias? Não é vazio, pois não preenchia espaço, deixava vazio. Esvaziava meus olhos que tantas vezes se derramaram sobre fatos evitáveis. Foi uma chuvinha, essas iguais aos chuviscos.