Já tem alguns meses, eu acho, que eu sonhei que escrevia um romance. O que chega a ser cômico, quase sempre eu tenho essa ambição, mas logo me tiro de cabeça porque eu não consigo pensar enredado, quase nunca nessa vida. Esse meu romance, não lembro ao certo sobre o que era, mas me lembro de entregá-lo a um velhinho que me disse o seguinte:
“Muito bom, profundo, até inteligente, mas falta sofrimento... as pessoas gostam do sofrimento, elas precisam dele. Na maioria das vezes, quando sofremos é só porque queremos, porque vemos com isso uma forma de sermos mais nobres.”
Meu despertador tocou e eu pulei da cama 5:30 (era o dia em que a aula começa mais cedo) me arrumei pensando, tomei café pensando, e isso eu fiz o dia todo, até hoje eu faço. Sem concluir nada, e bem despretensiosamente eu digo: Esse velhinho deve mesmo saber das coisas, porque enquanto pensava, eu percebi que eu sofro por capricho, e não sou só eu! É nobre sofrer!
Comecei a reparar meu mundo porque eu já não era um bom exemplo. E de fato o velhinho é mesmo esperto, ele tinha razão, não quando disse que meu romance era bom, isso eu não conseguiria fazer, (ai que sofrimento!) mas sim quando afirmou que gostamos de sofrer.
Nenhum comentário:
Postar um comentário