segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Intervalo

Tava assim, assim, meio atulhada de sociologia. Minha vida tem sido isso, coerção, estado,bem estar, férias forçadas da literatura. Viver tem disso mesmo. Enquanto escrevia sobre estado para Durkheim, eu me lembrava de um conto do Nassar, que um dia postarei aqui. “Aí pelas três da tarde”, na verdade são cinco da tarde, mas o que são duas horas?!
Deu vontade mesmo de me “sentir embalada pelo mundo”, não, não vou deitar numa rede nua, até porque aqui não temos redes. Mas a vida, de fato, cansa. Essas férias que tirei da literatura me deixam estranha. Ela foi minha companhia durante um bom tempo. Uma amiga sempre me diz, “Laíz, saia mais de casa!”, contudo confesso ter preguiça de gente. Embalar-me pelo mundo seria agradável, mas amanhã eu vivo. A única inércia que estou respeitando é a da vida acadêmica.
Será que estou envelhecendo? Isso seria uma pergunta cretina, é claro que envelheço, sou uma senhora de 21. Cansei! Enjoei de gente, de fazer charminho, de final feliz, só do café que eu não consigo enjoar.
Pronto, agora que me declarei uma velha viciada, e me senti embalada pelo mundo (de roupa e sem rede), volto a Weber.
Viver tem sido assim!